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Andrologia

Artigos publicados pelo Dr. Alexandre Miranda na revista oficial da Sociedade Americana de Andrologia, sobre reposição hormonal masculina

Artigo já citado por outros 7 trabalhos de pesquisa internacional

Artigo já citado por outros 8 trabalhos de pesquisa internacional

Saúde do Homem

Os homens vivem 7,59 anos menos que as mulheres. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,15 para 69,42 anos de 1991 para 2009, ela ainda se mantém muito abaixo da média das mulheres.

A principal causa de morte em homens foi a doença isquêmicas do coração, entre elas, o infarto agudo do miocárdio. Ao todo, 49.128 homens faleceram por esse motivo. 

As doenças cerebrovasculares foram a segunda causa de morte para os homens, com 45.180 óbitos. As duas causas podem ser agrupadas como doenças cardiovasculares, totalizando 94.308 óbitos em homens. Essas doenças são causadas principalmente por lesões endoteliais (vasos sanguíneos).

Essas lesões são primeiramente visíveis nos vasos menos calibrosos, como é o caso da artéria peniana (1-2 mm). A oclusão desses vasos provoca a disfunção sexual erétil (DSE) ou falta de ereção.

Ponholzer et al demonstraram que a doença arterial coronariana é 65% maior em homens com DSE moderada a grave do que em homens normais.

Inman et al observaram que pacientes com DSE tem um risco 80% maior para o infarto agudo do miocárdio, quando comparados a outros indivíduos normais. Homens entre 40 e 49 anos de idade que apresentem DSE moderada à a grave possuem um risco 50 vezes maior de desenvolverem doenças cardiovasculares.

Além da DSE, temos outro fator importante para doenças cardiovasculares em homens: A redução da testosterona com a idade, o chamado hipogonadismo de início tardio (Late Onset Hypogonadism – LOH) que afeta 6% da população masculina aos 40 anos e 12,3% aos 69 anos.

Dados recentes na literatura mostram que o aumento do risco de doenças coronarianas relacionadas à idade, aparecem juntamente com a redução da testosterona.

Pacientes que fazem bloqueio hormonal, isto é, que retiram a testosterona da circulação (castração) por câncer de próstata, apresentam risco coronariano elevado, devido à redução acentuada da testosterona sérica. A reposição hormonal masculina é um fator importante na busca por uma redução da incidência das doenças cardiovasculares. Ela gera uma diminuição do colesterol, maior tolerância ao exercício, maior sensibilidade à ação da insulina (ajuda no controle do diabetes), redução da espessura da parede das artérias e diminuição dos fatores inflamatórios do endotélio (vaso).

Considerando o exposto, cada homem deve reconhecer que não é imortal nem imune a doenças. Reconhecer suas limitações e procurar um atendimento médico adequado é essencial para se viver com saúde.

SAÚDE SEXUAL DO HOMEM
Programa Bate Papo na Saúde, Canal Saúde – Fiocruz
Exibido em 30/03/2015

Reposição Hormonal Masculina

A reposição hormonal será necessária em pacientes que apresentem hipogonadismo. Este se caracteriza por uma condição clínica em que baixos níveis de testosterona são encontrados associados a sinais e sintomas específicos. Quando o hipogonadismo ocorre em homens idosos, a condição é geralmente chamada de andropausa ou hipogonadismo de início tardio, também referida pela sigla em inglês LOH (Late Onset Hypogodadism). Estima-se que o hipogonadismo afete 6% da população masculina aos 40 anos e 12,3% aos 69 anos.
Somente nos Estados Unidos da América temos aproximadamente 2,4 milhões de pessoas afetadas.
O diagnóstico se dá quando temos valores baixos de testosterona no sangue com sinais e sintomas associados, sendo eles os seguintes:

  • Fadiga/Fraqueza.
  • Redução da Libido.
  • Redução da “energia”.
  • Disfunção sexual erétil (problema de ereção).
  • Redução da massa muscular.
  • Osteoporose.
  • Aumento da gordura abdominal.
  • Perda cognitiva (esquecimento, raciocínio lento).
  • Insônia

A reposição hormonal proporciona a melhoria e reversão de todos os sintomas associados. Porém deve ser acompanhada com visitas regulares ao seu urologista. Algumas alterações podem surgir com o uso contínuo da testosterona e precisam ser continuamente monitoradas.

Assista a entrevista do Dr. Alexandre Miranda sobre a deficiência de testosterona no envelhecimento masculino, exibida no programa Ligado em Saúde – Canal Saúde, Fiocruz.

Disfunção Sexual Erétil
Definição: é a inabilidade para ter ou manter uma ereção para uma performance sexual satisfatória.
A prevalência na população masculina é de 16%, entre 20 – 75 anos de idade; 15%, entre 40 – 49 anos e 30%, entre 60-69 anos de idade. Sua incidência fica mais significativa após os 50 anos de idade [1]. O impacto psicológico gerado pela disfunção erétil é imenso, bem como problemas de relacionamento conjugal.
As causas são muitas, envolvendo fatores vasculares (vasos sanguíneos), neurológicos, psicológicos, doenças associadas (ex.: diabetes) e muitas outras.
Existem diversos tratamentos disponíveis, porém apenas após cuidadosa avaliação médica é que poderemos identificar as causas e planejar o seu tratamento personalizado.

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dos homens são afetados

Assista também o Dr. Alexandre Miranda falando sobre disfunção erétil

Prótese Peniana

As próteses penianas são dispositivos colocados dentro do pênis de homens impotentes (disfunção sexual erétil) possibilitando que eles consigam ter ereções.  Estes implantes são geralmente recomendados quando outros tratamentos menos invasivos não funcionaram. Existem dois tipos de implantes penianos: Os semirrígidos e os infláveis. Cada um funciona de forma diferente do outro e possuem prós e contras.
A colocação de uma prótese peniana é realizada através de uma cirurgia. Antes de escolher sua prótese peniana tenha certeza que você entendeu a cirurgia necessária, incluindo riscos, complicações e cuidados depois da cirurgia.

Prótese Peniana Inflável

A prótese peniana inflável é um dispositivo cirúrgico que possibilita um homem impotente ter uma ereção, através da transferência de fluido de uma parte do implante para outra. A prótese inflável é formada por três componentes: cilindros, bomba e reservatório. Todos os componentes são implantados e geralmente não podem ser vistos fora do corpo.
Os cilindros da prótese ficam um de cada lado do pênis. Sua colocação é feita sem a necessidade de retirada de tecido. Quando são preenchidos com fluido eles expandem e enchem o pênis, gerando uma ereção fisiológica. Os cilindros não alteram a sensibilidade do pênis e permitem que o paciente continue tendo ejaculação. A cabeça do pênis também continua se enchendo de sangue (em casos em que isso já ocorria antes da cirurgia). O líquido necessário para encher os cilindros e gerar ereção fica guardado no reservatório, que é implantado dentro da barriga do paciente. A transferência do líquido é feita através do acionamento da bomba, que fica na bolsa escrotal.
A prótese peniana vai fornecer para o paciente uma ereção pelo tempo que for desejado, não sendo interrompida pelo orgasmo. Quando for do desejo do paciente a prótese pode ser desinflada, através da compressão de um “botão” que fica na parte superior da bomba, juntamente com a compressão do pênis. Esta manobra faz com que o fluido retorne para o reservatório.
A implantação da prótese pode ser feita por uma única incisão na bolsa escrotal. O retorno para a atividade sexual se dá em torno de 6 semanas.

Prótese Peniana Semirrígida

A prótese peniana semirrígida é um dispositivo implantado cirurgicamente que possibilita um homem impotente ter uma ereção. Ele é composto por 2 cilindros que estão constantemente duros, porém apresentam maleabilidade, isto é, podem ser dobrados. Todos os componentes são implantados e geralmente não podem ser vistos fora do corpo.
Estes cilindros ocupam o espaço que antes era preenchido pelo sangue, durante a ereção. Eles não alteram a sensibilidade do pênis e permitem que o paciente continue tendo ejaculação. A cabeça do pênis também continua se enchendo de sangue (em casos que isso ocorria antes da cirurgia).
Quando for do desejo do paciente, o pênis com a prótese pode ser “dobrada” para o lado ou outra direção que o deixe menos aparente. A vantagem desta prótese é que não é necessário a colocação de uma bomba nem reservatório de líquido para funcionar, sendo mais fácil o seu uso. A chance de defeito mecânico também é menor. A desvantagem é a presença de uma “ereção” menos fisiológica e de forma contínua, embora se possa dobrar o pênis.
Sua colocação é realizada através de uma incisão na bolsa escrotal. Depois que a ferida cicatriza ela passa a ser pouco perceptível.

Artigo internacional publicado na revista da Sociedade Italiana de Andrologia e Urologia sobre prótese peniana

Ejaculação Precoce

Podemos considerar ejaculação precoce quando o paciente apresenta uma ejaculação muito rápida após a penetração vaginal ou até antes dela ocorrer. O tempo considerado é menor 1-2 minutos.
A ejaculação precoce pode existir por toda a vida ou ter se iniciado recentemente.
Muitos pacientes pensam ter ejaculação precoce, mas, na verdade, apenas carecem de conhecimento do tempo normal que decorre do momento da penetração até a ejaculação (TLEI-tempo de latência ejaculatória intravaginal), que no homem normal é de 3-6 minutos.
Interessante notar que há uma redução do tempo do TLEI quando o homem fica mais velho. Num estudo foi visto que homens de 18-30 anos a média de tempo (TLEI) é de 6,5 minutos; já os de 51 anos de 4,3 minutos. A circuncisão ou o uso de preservativos não alteram este tempo.
A incidência da doença é de 22,5% da população masculina. Homens afetados tendem a ter uma frequência sexual maior que os que não possuem o distúrbio.

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dos homens são afetados

Vasectomia Sem Cortes

A vasectomia é a quarta forma de contraceptivo mais utilizada nos Estados Unidos, perdendo apenas para os preservativos, pílula feminina e ligadura de trompas. Quando comparado com esta última a vasectomia é igualmente efetiva, porém mais simples, rápida, segura e barata. Ela deixa o paciente menos tempo fora do trabalho e é feita com anestesia local. As complicações pós-operatórias são menos sérias e mais raras que as da ligadura de trompas1.

Atualmente a técnica recomendada (utilizada pelo Dr. Alexandre Miranda) é a da vasectomia sem cortes (non-scalpel), pois apresenta menor chance de sangramentodor durante a cirurgiador escrotal, infecção e hematoma; quando comparada com a técnica tradicional (com dois pequenos cortes). Além disso apresenta uma recuperação mais rápida para o retorno às atividades diárias e sexuais2.

Na técnica utilizada pelo Dr. Alexandre Miranda os ductos deferentes (tubos que ligam os testículos à uretra e por onde passam os espermatozóides) são acessados através da bolsa escrotal por um único lugar, sem nenhum corte. Ao fim do procedimento não é necessário nenhum ponto.

  1. Sharlip ID, Belker AM, Honig S, et al. Vasectomy: AUA guideline. The Journal of urology. 2012;188:2482-2491.
  2. Cook LA, Pun A, Gallo MF, Lopez LM, Van Vliet HA. Scalpel versus no-scalpel incision for vasectomy. The Cochrane database of systematic reviews. 2014;3:CD004112.

Vantagens

Menos dor

10x menos complicações

Não necessita de pontos

Recuperação mais rápida

Controle da Natalidade Seguro e Efetivo

A vasectomia é um dos métodos definitivos mais seguros e efetivos no controle da natalidade. Ele é mais seguro e efetivo do que a ligadura das tropas realizado pelas mulheres.

A técnica de vasectomia sem cortes é diferente da tradicional, nela não é necessário o uso do bisturi. O cirurgião utiliza um instrumental específico para fazer um pequeno furo, por onte se realiza o corte, ligadura e cauterização dos ductos deferentes (tubos por onde passam os espermatozoides). O furo por onde foi feito o procedimento é tão pequeno que não é necessário nenhum ponto para fechá-lo.

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Perguntas e respostas

Eu posso parar outros métodos anticoncepcionais depois da vasectomia?

Não! Os espermatozóides podem permanecer vivos nos ductos deferentes, logo acima de onde foi cortado e ligado.

Como a vasectomia vai me afetar?

A vasectomia não é castração. Ela apenas interrompe o fluxo do tubo que carrega o espermatozóide dos testículos para onde ele é misturado com o seu sêmem. Seu pênis e testículos não serão afetados. Todas as funções sexuais e hormonais continuarão inalteradas, assim como a sua voz, pelos corporais e interesse sexual. Temos estudos que mostram que pacientes que fizeram vasectomia fazem mais sexo do que os que não fizeram (1).

 

  1. Cook LA, Pun A, Gallo MF, Lopez LM, Van Vliet HA. Scalpel versus no-scalpel incision for vasectomy. The Cochrane database of systematic reviews. 2014;3:CD004112.
A vasectomia é um procedimento doloroso?

Não. Você pode sentir algum desconforto no momento em que a anestesia é aplicada. Depois que o seu efeito aparece, nenhuma dor é sentida. Durante o procedimento alguns homens podem sentir pequenos “puxões”, devido à manipulação dos ductos deferentes. Após o procedimento você pode ficar poucos dias com o local um pouco dolorido. Geralmente 2 a 3 dias é o tempo de descanso necessário para o retorno às atividades normais; apenas a atividade sexual é que deve ser retomada após 7 dias.

A vasectomia tem algum risco à longo prazo?

Vários estudos analisaram os riscos da vasectomia à longo prazo e nenhum deles demonstrou riscos. Os homens que realizaram a vasectomia NÃO tiveram maior chance de desenvolver câncer, doenças cardíacas, disfunções sexuais (impotência) ou nenhum outro problema de saúde.

A vasectomia pode ser revertida?

Em muitos casos, sim. Entretanto é uma microcirurgia com resultado não garantido. Desta forma a vasectomia deve ser considerada um procedimento de esterilização irreversível. Se você pensa em reversão agora, talvez não seja a hora da sua realização. Pense um pouco mais.

Reversão de Vasectomia

É estimado que 2-6% dos homens que realizaram a vasectomia queiram sua reversão.
A cirurgia é realizada com microscópio e material microcirúrgico, pois se trata de um procedimento microscópico, onde os fios são mais finos do que um fio de cabelo.
A chance de gravidez nos pacientes que fazem a reversão com menos de 3 anos é de 97%; entre 3-8 anos é de 53%; entre 9-14 anos é de 44% e mais de 15 anos é de 31%.
O Dr. Alexandre Miranda tem experiência nas reversões de vasectomia. Atualmente é o chefe da secção de Andrologia do Hospital Federal de Ipanema e responsável pelas reversões no hospital.